sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Rally das Praias Algarvias (2)

Tal como prometido em 2010, o rally das praias continuou em 2011. No entanto, o deste Verão foi bem mais curto. Se “viajaram pela Croácia” percebem porquê…

Perto da Vila de Aljezur e a par de uma paisagem costeira magnífica encontra-se a praia da Amoreira. De um lado, admira-se a grande rocha negra que faz lembrar um gigante deitado. Do outro, chapinha-se no rio que aqui desagua (já que a água do mar está gelada!). Tal como as outras praias da Costa Vicentina, é uma boa opção para os apreciadores de surf e bodyboard.

Na praia da Galé, em Albufeira, está um cantinho especial que brilha nas noites de lua cheia. Foi precisamente numa dessas noites que conheci e apreciei o Lounge Bar Pedras Amarelas (a não perder!). É uma praia que se torna pequena devido às rochas e muito pequena quando a maré está cheia. Nem quero imaginar como será nas marés vivas!

A praia de Odeceixe desenvolve-se dos dois lados da ribeira de Seixe que faz fronteira com o Alentejo. De areal bastante extenso, tem banhos de mar e de rio. Na vazante aconselha-se a prudência, pois formam-se correntes perigosas, sobretudo nos dois extremos da praia. Na baixa-mar pode andar umas largas dezenas de metros com pé. A paisagem envolta é fenomenal, principalmente no topo das escadas em pedra.

Numa ponta oposta, está a praia de Santo António. Extenso areal que se estende da Praia de Monte Gordo à confluência do Rio Guadiana com o Mar, junto à cidade de Vila Real de Santo António. Caracteriza-se por águas cálidas e calmas. Tem vindo a tornar-se cada vez mais procurada por quem pretende desfrutar do sol e mar algarvios sem se confrontar com as verdadeiras "enchentes" de turistas. Devido à proximidade de Espanha é muito frequentada pelos “nuestros hermanos”. Esta praia dispõe de um Caminho Ecológico, o "Caminho dos Três Pauzinhos", com acesso reservado a peões, bicicletas e a um comboio turístico gratuito disponibilizado pela Câmara de Vila Real de Santo António. O comboio vem resolver o problema do estacionamento!

O Rally das Praias regressa em 2012...
Até lá viajem comigo por outros locais!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Republika Hrvatska (Croácia)

Alguns de vocês poderão questionar-se acera do destino escolhido. Quem já lá já foi compreenderá porque fui empolgada e regressei fascinada.
Apaixonei-me pelo povo acolhedor, pela simplicidade do país e pelas paisagens paradisíacas. O país não é muito diferente do nosso. Apresenta algumas características similares ao “meu” Algarve. Talvez por isso tenha apreciado tanto e me tenha feito sentir “em casa”.

Banhado pelo mar Adriático e fazendo fronteira marítima com a Itália, sofre influências do mediterrâneo relativamente à gastronomia pelo que os grelhados, saladas, marisco e o azeite abundam.
O litoral encontra-se cheio de recortes: com mais de 1000 ilhas, a sua paisagem assemelha-se à da costa grega.
Clima mediterrânico, pessoas hospitaleiras e bonitas, águas cristalinas e preços muito jeitosos são algumas das características desta pérola ainda pouco conhecida pelos viajantes.
O país que se libertou da guerra há relativamente pouco tempo apresenta algumas cidades consideradas património da UNESCO dignas de serem visitadas, assim como inúmeros parques naturais. Foi com base nos encantos deste Pais que as manas delinearam o percurso da viagem.


A chegada ao aeroporto de Zadar na noite de 27 de Julho pouco revelou do que iríamos encontrar de tão maravilhoso na Croácia. De malas arrumadas no porta-bagagem de um Chevrolet prateado e uma chuva miudinha a pingar sobre o vidro, lá estavam nós rumo ao desconhecido, circulando numa estrada estreita e pouco iluminada. Os 10 minutos referidos pela jovem empregada do café do aeroporto pareciam ter triplicado. As placas informativas à entrada da cidade de Zadar indicavam as direcções a tomar. A opção mais segura era conduzir até ao Centar (centro). Inconscientemente, seguir a placa Centar em qualquer cidade, tornou-se a regra nº 1!
Na bomba de gasolina um croata que nos ajudou a pôr gasolina e quem recebeu as primeiras Kunas gastas, indicou-nos o caminho a seguir para Sukosan, onde estaria o nosso local de dormida. A luz nocturna apenas nos permitia ver junto da estrada as placas a indicar Sobes (quartos), umas seguidas às outras. Eram todas vivendas/apartamentos de 2 e 3 andares, destinados ao aluguer de quartos com WC privados. Práticos e económicos, dispensam o check-in e check-out formal.
Após instaladas nos apartamentos Emanuela, decidimos jantar no Konoba ali próximo, já que um dos empregados tinha sido exemplar ao ligar para o aparthotel e ajudar-nos com a procura do mesmo. Ficamos perplexas com os preços do restaurante. Quando vimos que uma pizza de forno de lenha gigante não era mais que 4 euros decidimos que haveríamos de enjoar pizza naquela viagem!

No dia 28 Julho, após deixarmos a chave do apartamento na porta, fomos visitar o Centar de Zadar.







Ouvimos o som das ondas no Órgão do Mar e descobrimos que as culturas de Lavanda abundam no país. O seu agradável aroma circula pelas ruas históricas. Os saquinhos de Lavada para perfumar a roupa são souvenirs obrigatórios! Escusado será dizer que me tornei fã desta planta.

Após 145 km a norte de Zadar e a tentar encontrar alguma saúde mental através de música cantada em Inglês, chegámos à zona dos Lagos Plitvice. As senhoras com as bancas nas bermas da estrada a venderem produtos nacionais animaram o nosso caminho.




Em Rastovaka, no interior das montanhas do Parque Nacional, estava o sobe da vivenda nº 29 à nossa espera.

A tarde foi preenchida com um passeio pedestre de 5 horas, numa das jóias naturais da croácia, considerada Património da UNESCO. Trata-se de um parque Nacional que se estende por 20000 hectares de bosques, lagos e cascatas.














O silêncio e a tranquilidade da serra anteciparam a noite e às 21h já estávamos enroladas na cama de “pança” cheia.

Eis uma mista grelhada para duas pessoas que podia alimentar um batalhão!

As 8h do dia seguinte já estávamos sobre 4 rodas em direcção a Trogir. Apesar de parecer cedo, o leitão já estava no espeto a assar…


Após 228 km de auto-estrada e uma série de curvas a descer a par com a costa chegámos a Trogir, coberta por uma neblina. É uma cidade-museu considerada património mundial pela UNESCO.


Durante a manhã visitámos as ruas medievais, o mercado, os palácios e fortalezas cercados por muralhas.

Após o suposto almoço em Trogir (que não aconteceu porque 5eur por uma pizza era caro!) percorremos mais 28 km até chegar à segunda maior cidade do País, Split.
Em Split apenas aconselho a visita ao Centar. Aqui, muitos dos edifícios históricos são constituídos por paredes do Palácio Diocleciano, sendo este o coração da cidade.


Aconselho ainda a visita à catedral, um passeio junto ao porto marítimo (uma calçada repleta de bares nocturnos) e uma festa no pé da estátua Gregory of Nin (Bispo medieval croata) para dar sorte.


No dia 30 de Julho às 9h estávamos a sair da Ghesthouse Vrilic, após uma dormida de uma noite, quando a senhoria grita da janela do quarto de um 1º andar pelo nome da minha irmã com as minhas cuecas pretas na mão. Não fui muito esperta quando, de braços no ar, disse que as cuecas eram minhas!

Split é a porta de entrada para explorar as ilhas do mar Adriático. Principalmente para a ilha mais famosa e mais paradisíaca: Hvar. Rodeada por água azul esverdeada, é considerada uma das 10 ilhas mais bonitas do mundo.


A viagem de barco de Split até à cidade de Hvar demora uma hora mas os bilhetes esgotam num instante pelo que tivémos de apanhar o Catamarã até Stari Grad que demora duas horas (neste é possivel levar o carro), e posteriormente o autocarro que em cerca de 30 min chega a Hvar.

Por entre as ruas da cidade de Hvar...

Foi na cidade de Hvar, com o mesmo nome da ilha que permanecemos duas noites e festejámos o aniversário da minha mana.


Em praias onde o areal não existe como é possivel isto?!



E foi pouco, ou soube a pouco porque tem tanto para oferecer… os dias na praia a relaxar numa espreguiçadeira, um passeio de barco até às ilhas mais próximas, um mergulho nas águas cristalinas, um passeio de bicicleta a acompanhar um pôr-do-sol inesquecível, um sunset no bar Hulahula, um cocktail num Carpe Diem, uma dança para descarregar energias no Adriana Bar… É um verdadeiro paraíso…






Hvar is something really special.

Dias felizes e noites vibrantes.

How can it be explained?!



An experience you mustn´t miss!!

No dia 1 de Agosto seguimos sempre para sul, ao longo da costa. Como esta região da Croácia é montanhosa, as curvas surgem encadeadas umas nas outras. São cerca de 290 km até chegar a Dubrovenik mas uns 9 km fazem parte da Bósnia, região de Neum.


Devido à estrada curvilínea e ao excessivo trânsito estes quilómetros foram feitos em 4horas debaixo de um sol a ferver mas com uma vista fenomenal sobre o mar e as suas ilhas!

O local escolhido para passar a noite foi num modesto apartamento em Zaton (cerca de 10 km a caminho de Dubrovenik) com a praia a dois passos da porta.
Durante a tarde visitámos Dubrovenik. Uma cidade costeira localizada no extremo sul da Dalmácia, na ponta do istmo do mesmo nome. Pela sua beleza natural e urbanística e pelo que representa para a história, Dubrovnik é conhecida como "a pérola do Adriático" e "Atenas eslava". Desde 1979 que as muralhas que rodeiam a cidade estão classificadas como Património Mundial pela UNESCO.











Sendo mais uma cidade rodeada por mar e, consequentemente, por ilhas é obrigatório um passeio pelas mesmas. Um croata muito elegante e sensual levou-nos num prazeroso passeio de barco (de 8h) às três mais belas ilhas do arquipélago Elaphite - Kolocep, Sipan e Lopud. Este passeio permite obter uma vista panorâmica sobre a cidade de Dubrovenik, apreciar a vegetação subtropical e mergulhar nas praias das ilhas!


A ilha Kolocep é a mais próximada cidade de Dubrovnik,o mar que domina todo o horizonte é perfeito para uns dias tranquilos em contacto com a Natureza.




Foi nesta ilha que fizemos a pausa para almoçar. O almoço foi servido no barco (já estava icluido no preço do cruzeiro).
As ilhas são muito semelhantes mas a Sipan é a maior e aparentemente a mais turistica. A praia à qual decidimos mergulhar era de areia preta mas a paisagem em redor fantástica e o mar muito apetecível. Debaixo do sol o caminho a pé não foi fácil, dai muitas pessoas optarem pelo transfer...





Tudo bem que são turistas e é possivel "quase" tudo neste papel mas andar assim...


A nossa fabulosa viagem terminou com uma manhã relaxante na “nossa” praia em Zaton.



As ilhas perfumadas, a transparência inigualável das águas, a arquitectura medieval dos povoados são algumas das maravilhas com que a natureza brindou este país…