terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Sevilha, aqui tão perto...

Sevilha é sinónimo de cor e diversão. A capital de Andaluzia é feita de alegria, religião, flamenco, touros, cavalos e convívio. É recheada de espectáculos e paixão. É um palco vibrante e cheio de alma.


Cidade dramática, intensa e autêntica. Características que se reflectem nos sevilhanos. Povo amável e caloroso. Bons vivants! Iniciam cedo o convívio social na Plaza del Salvador petiscando as famosas tapas.

Popular pelos seus bairros mais castiços e lugares com história. A sua catedral é considerada o maior edifício gótico do mundo. Alcazar e o Archivo de Índias foram classificados pela UNESCO Património Cultural da Humanidade em 1987.



Circular pelas ruas pitorescas, becos escondidos e penetrar no Bairro de Santa Cruz é um autêntico prazer. Cada canto e cada virar de esquina é uma surpresa. Descobrem-se pátios floridos e palácios nas ruas estreitas.

É fácil deixarmo-nos apaixonar por esta cidade…

São centenas de actividades para fazer e lugares para apreciar: passear pelo Rio Guadalquivir, usufruir do sol numa esplanada, relaxar no Parque María Luisa, surpreender-se na Isla Mágica, participar na Semana Santa ou visitar a Feira de Abril, apreciar a sua gastronomia, assistir a um espectáculo de flamenco, conviver com as suas gentes…

Destaco aqui a mais recente construção na Plaza de La Encarnación. O Espacio Metropol, conhecido popularmente por Cogumelos (“Las Setas”) É um miradouro que permite obter uma vista privilegiada da cidade, principalmente sobre o centro histórico.




Sevilha é a cidade ideal para quem quer viver a vida!

Bruxelas vestida de Pai Natal


Bruxelas não é uma cidade que encanta à primeira vista. As ruas são sombrias e o céu está sempre nublado. É preciso estar atento aos pormenores para poder apreciar o leque de lugares interessantes que incluem histórias aos quadradinhos, chocolates e cerveja.
As paredes dos edifícios alegram-se com pinturas de banda desenhada do Tim-Tim e as ruas conduzem-nos à monumental Grand-Place com a majestosa Árvore de Natal no centro. Jean Cocteau descreveu a Grand-Place como “o mais rico teatro do mundo”. Eu descrevo-a também como um lugar mágico onde tudo pode acontecer. A sua iluminação e decoração natalícia assim como os edifícios luxuosos em seu redor (Maison du Roi, Câmara Municipal, Casas Gremiais, Museu da Música e Museu da Cerveja) fazem desta praça umas das mais belas. No final do dia a praça transforma-se num palco e as fachadas da Câmara dançam ao ritmo da música em simultâneo com jogos de luzes e cores. Um espectáculo imperdível durante as festas de Natal e fim de Ano.
O passeio pelas ruas aumenta o apetite: montras vistosas e luxuosas repletas de bonecos de neve e Pais de Natal esculpidos em chocolate belga.
Nesta época existe o mercado de Natal que se estende por cerca de dois quilómetros. Dá a conhecer as iguarias do país através de chalés recheados de lembranças de Natal e provas de degustação.
Bruxelas é como uma surpresa por abrir. Para que se obtenha o melhor proveito da cidade e se valorize o melhor que ela tem, há que activar todos os sentidos. Sentir a sua vibração, cheirar o chocolate quente que paira no ar, observar os inúmeros detalhes das ruas e edifícios, ouvir a melodia dos espectáculos e animações de rua, saborear uma cerveja belga…

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Boas Festas!



A todos os seguidores do blogue um Feliz e Santo Natal...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Suíça – Pura inspiração

Viajar pela Suíça é entrar num mundo de sonho e aventura. Rodeada por montanhas, colinas, planícies e grandes lagos é um país privilegiado relativamente á localização e paisagem.
Numa altura em que a neve cobre apenas as montanhas mais altas, passear de carro para poder apreciar as maravilhas paisagísticas é a melhor opção.

Durante 4 dias residimos em Villars, no coração dos Alpes de Vaud, a 1300 m. As vistas da “nossa” varanda sobre Mont Blanc e o Lago Léman são de tirar o fôlego.
A simpatia das pessoas é memorável. Cumprimentam-nos com um “Bonjour” típico dos lugares onde todos se parecem conhecer.



No primeiro dia partimos num Fiat Panda em direcção a Interlaken, o povoado suíço dos sonhos. Localizado no centro da Suíça, Interlaken é o ponto de partida para os glaciares mais incríveis, cascatas de 400 metros de altura, lagos azul-turquesa e três das montanhas mais majestosas dos Alpes: o Eiger, o Monch e a Jungfrau.
Concordo com o compositor alemão Félix Mendelssohn quando escreveu que “Quem não visitou Interlaken não conhece a Suíça”. Esta cidade charmosa situa-se entre os Lagos Thun e Bivenz.

Circulando nas estradas estreitas e curvilíneas optamos por ir de carro até Meiringen (+/- 30 km de Interlaken) e apreciámos um cenário de sonho: chalés de madeira típicos das montanhas, pastos verdejantes, vacas a pastarem serenamente com os sinos dourados e a presença imponente das montanhas cobertas de neve eterna.



Apanhámos então o comboio para Jungraujoch, a atracção turística conhecida como o Topo da Europa.

É a estação de comboio mais alta da Europa (e talvez a mais dispendiosa!), localizada a 3.454 metros acima do nível do mar e entre duas das mais majestosas montanhas dos Alpes: Mönch (4.107 metros) e Jungfrau (4.158 metros). A beleza da região fez com que a Unesco a declarasse património mundial natural da humanidade.
A viagem até ao Topo da Europa é impressionante e durante 3 horas o cenário vai-se alterando.





O comboio contorna a cordilheira e a vegetação verde dá lugar à neve densa. O comboio faz algumas paragens de poucos minutos em estações que são ideais para desportos de Inverno, caminhadas e alpinismo.



Parte do trajecto é feita em túneis de inclinação acentuadíssima e, quando se chega finalmente ao cume, a paisagem é magnífica.





No alto da Jungraujoch é possível aproveitar a neve, obter uma vista espectacular a partir de Sphinx (ponto mais alto da estação) e visitar o Palácio de Gelo.





As montanhas engolem o sol e às 17h permanece a escuridão nos vales mas os chalés e vilas iluminam-se. A temperatura exterior baixa e o comércio encerra mas as feiras de rua e as barracas de bebida quente e fondue de queijo animam qualquer um e Interlaken ganha uma nova vida.
No segundo dia iniciámos o nosso percurso com uma vista à La Maison du Gruyère. Situada aos pés do Castelo e próxima aos pastos alpinos, esta fábrica de lacticínios convida a descobrir o famoso queijo Gruyère. O castelo, um dos mais prestigiosos da Suíça, domina majestosamente a aldeia medieval e oferece ao visitante, mais uma vez, uma vista panorâmica sobre os Alpes.








Posteriormente seguimos para Berna, a capital da Suíça e património cultural da Unesco. O rio Aar que circunda o centro medieval é fascinante.

O urso que existiu durante séculos na cidade é o símbolo da cidade. Hoje, pode-se vê-los na fossa dos ursos.

Passeamos pelo centro e visitámos também a catedral e a torre do "Zytglogge", o relógio do tempo. A cada batida de hora, galos, bobos da corte e os ursos dançantes divertem os passantes.




Com o fim do dia a cidade tornou-se cinzenta e continuámos o percurso até Lucerna. Cidade emoldurada por montanhas, água e belas paisagens, situa-se à margem do Lago Lucerna. Quando chegámos já estava coberta pela noite. Ainda assim, foi possível passear pelas suas ruelas levemente desniveladas, admirar as fachadas das casas magnificamente decoradas por pinturas e cruzar as pontes que atravessam o rio.



No terceiro dia percorremos de carro os caminhos íngremes de Villars – Sur – Ollon.





Desfrutámos das montanhas e chegámos até a Bretaye (estância de ski e snowboard) num percurso 20 minutos de comboio. Com as pistas ainda fechadas, a neve presente foi suficiente para cobrir as montanhas e os telhados dos chalés, assim como fazer bonecos de neve!








Um passeio pela vila de Villars a gastar francos nos chocolates suíços e a beber um chocolate quente que vem acompanhado com mais um chocolate, é um programa ideal para fim do dia se ao domingo à tarde o comércio estivesse aberto!
Com o frio lá fora, chegar a casa e circular nela de t-shirt e admirar a árvore de Natal lá fora mesmo à nossa frente é simplesmente maravilhoso.
No dia seguinte este panorama tornou-se mágico com o cair da neve a cobrir os pinheiros. Foi a descer a montanha e a nevar em simultâneo que iniciamos o nosso último dia na Suíça. Nos pés da montanha, em Aigle, os flocos de neve transformaram-se em gotas gordas de chuva que nos acompanharam até Montreux. A viagem até lá, a par com o Lac Léman de um lado, e as montanhas de outro, é fenomenal. Espremida entre os Alpes e o lago, Montreux tem uma localização mais que perfeita. A localidade é mundialmente conhecida por abrigar o Festival de Jazz de Montreux. Freddie Mercury residiu aqui parte de sua juventude, pelo que foi erguida uma estátua em sua homenagem na Place du Marché.




Às 10h já estávamos a entrar no Castelo de Chillon, junto às margens do lago.
É um dos castelos da Suiça mais conhecidos em todo o mundo, além de ser o monumento suíço mais visitado e um dos mais bem preservados da Europa, estando classificado como monumento histórico.




Continuámos o percurso de carro junto ao lago até Lavaux, região vinícola considerada património mundial da humanidade.
São terraços de videiras localizados nas encostas íngremes do Lac Léman. Um autêntico quadro de pintura e um cenário perfeito para os amantes do vinho.




Foi com um “Au revoir” a descolar sobre os Alpes que nos despedimos…